quinta-feira, 14 de maio de 2009

Excerto da peça "Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães"




Em cima colocámos um excerto da peça perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães, peça essa que fomos ao auditório São João de Brito visionar, representada pela Companhia Teatral do Chiado.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Visita ao Museu Nacional do Teatro




O nosso grupo de Área Projecto, desde inicio colocou na planificação que um dos grandes objectivos, era visitar o Museu Nacional do Teatro pois é um sítio de grande prestigio a nivel do teatro.
Após chegarmos ao Museu, localizado no Lumiar, tivemos acesso a várias casas com exposições de fantoches, marionetas e também figuras emblemáticas do teatro.
Depois vamos a nossa visita, propriamente dita com a nossa guia que nos levou as várias salas do Museu e nos explicou toda a sua história envolvente.
O Museu Nacional do Teatro está replecto de memórias arquivadas relacionadas com o teatro em Portugal. O Museu apresenta cerca de 250.000 peças, que incluem trajes e adereços de cena, cenários, figurinos, cartazes, programas, discos e partituras e cerca de 120.000 fotografias. Existe também uma biblioteca especializada com 35.000 volumes.
Com esta visita pretendemos mais um vez estar ligados e próximos com a realidade do mundo " faz de conta " , tal como o visionamento da peça " Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães" também a ida ao Museu Nacional do Teatro foi de extrema importancia, pois aqui podemos ter uma perspectativa de como tudo começou, quais as condiçoes, quem os actores da época. E acima de tudo quem e o quê provocou o nascer desta arte.

Visionamento da peça "Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães"



Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães é uma peça em que duas pessoas são levadas ao Tribunal dos Animais. Uma guardava a casa do Cão; a outra trabalhava no Circo. Um dia, fartos desta situação, roubaram a chave da Liberdade e tentaram fugir do Reino dos Bichos - só que foram apanhados! Agora terão de ir a julgamento.
Nesta divertida peça de Manuel António Pina, tudo acontece como se passássemos a ver o nosso mundo pelos olhos dos animais, quer dizer, como se os animais tivessem a vida dos humanos - e os humanos fossem os seus bichos de estimação. Estes animais são, portanto, muito parecidos com certas pessoas: o Juiz Elefante e o Papagaio Advogado fazem lembrar outros juízes e outros advogados (e fazer lembrar não quer dizer que sejam iguais...).
Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães inicia as crianças a questionarem-se sobre perguntas, simples mas infinitas, onde o sentido das coisas deixa de ser tão evidente como certas banalidades, muito repetidas, nos fazem acreditar. Jogando com as palavras, virando do avesso o mundo como o conhecemos, M. A. Pina abre às crianças (e reabre aos adultos!) o prazer de perguntar. E é rindo que o faz, fazendo-nos rir "de nós mesmos e dos outros".
Os gatos e os cães são os outros mais perto de nós - os outros que temos em casa. Podemos fazer-lhes perguntas? E podem eles responder-nos? A poesia diz que sim, faz-nos imaginar que mesmo os que não têm palavras também sabem falar, também guardam uma maneira de entender. Por isso, Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães é uma fábula mas uma fábula sem lição moral para ensinar.
Em vez disso, fiel à poesia, ensina ao espectador o que é o teatro, onde só as personagens são reais!

Fomos ver a seguinte peça com o intuito de conhecermos mais de perto a Companhia Teatral do Chiado, visto que é uma companhia não subsidiada pelo estado, gostamos imenso desta comédia cujo resumo da peça já foi feito em cima.
Após o visionamento da mesma, contactamos com os actores que nos deram uma entrevista, fizeram-nos conhecer melhor o mundo " faz de conta " não só o que nos é apresentado quando estamos sentados em plena cadeira, mas também tudo o que está por trás e que não vemos, pois sem isso, era impossivel existir teatro.
Conhecemos os bastidores, as suas funções e os seus objectivos, consideramos que esta visita foi enriquecedora para o nosso trabalho e um bom ponto de partida.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Os vários tipos de Teatro

-> Auto
Auto é um sub-gênero da literatura dramática. Tem sua origem na Idade Média, na Espanha, por volta do século XII. Em Portugal, no século XVI, Gil Vicente é a grande expressão deste gênero dramático. Camões e Dom Francisco Manuel de Melo também adoptaram esta forma.O auto era escrito em redondilhos e visava satirizar pessoas. Como os autos de Gil Vicente deixam perceber claramente (vide, por exemplo, O Auto da Alma e O Auto da Barca do Inferno), a moral é um elemento decisivo nesse sub-gênero.


-> Comédia
A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar um espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral, "comédia" é o que é engraçado, que faz rir.
No surgimento do teatro, na Grécia, a arte era representada, essencialmente, por duas máscaras: a máscara da tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em sua Arte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado através da divisão dos júris que analisavam os espetáculos durante os antigos festivais de Teatro, na Grécia. Ser escolhido como jurado de tragédia era a comprovação de nobreza e de representatividade na sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco pessoas sorteadas da platéia.
Porém, a importância da comédia era a possibilidade democrática de sátira a todo tipo de idéia, inicialmente política. Assim como hoje, em seu surgimento, ninguém estava a salvo de ser alvo das críticas da comédia: governantes, nobres e nem ao menos os Deuses (como pode ser visto, por exemplo, no texto As Rãs, de Aristófanes).
Hoje a comédia encontra grande espaço e importância enquanto forma de manifestação crítica em qualquer esfera: política, social, econômica. Encontra forte apoio no consumo de massa e é extremamente apreciada por grande parte do público consumidor da indústria do entretenimento.
Uma das principais características da comédia é o engano. Frequentemente, o cómico está baseado no facto de uma ou mais personagens serem enganadas ao longo de toda a peça. À medida que a personagem vai sendo enganada e que o equívoco vai aumentando, o público (que sabe de tudo) vai rindo cada vez mais.



-> Drama
A palavra drama origina-se na Grécia Antiga significando ação.
Aristóteles, em sua Poética, divide a literatura de sua época, que se originara da forma oral, nos modos narrativo ou épico, dramático e misto. A partir desta análise, central em toda a análise dos gêneros literários, teóricos dividiram a literatura nos modos narrativo, dramático e lírico.
Drama é também usado como definição genérica de filmes, cinema, telenovelas, teatro, substituindo-se estes termos (ex: O drama de Ibsen, significando o teatro de Ibsen).


-> Farsa
Farsa é uma modalidade burlesca de peça teatral, caracterizada por personagens e situações caricatas. Difere da comédia e da sátira por não preocupar-se com a verossimilhança nem pretender o questionamento de valores.

-> Melodrama
O termo melodrama tem significados muitas vezes contraditórios e é aplicado com diferentes significados a formas artísticas diversas e ocorrências variadas e/ou em distintas ocorrências dentro dos meios de comunicação de massas. Originário do grego μέλος = canto ou música + δράμα = ação dramática, refere-se, algumas vezes, a um efeito utilizado na obra, outras como estilo dentro da obra e outras como gênero. Existe desde o século XVII principalmente na ópera, no teatro, na literatura, no circo-teatro, no cinema, no rádio e na televisão.

-> Ópera
O mélodrama na ópera consiste num procedimento onde a fala e a música, em vez de andarem juntas se alternam, quando uma frase musical anuncia e prepara a frase falada.

-> Monólogo
Em teatro ou oratória, um monólogo é uma longa fala ou discurso pronunciado por uma única pessoa ou enunciador. O nome é composto pelos radicais gregos monos (um) + logos (palavra, ou idéia), por oposição a dia (dois, ou através de) + logos.
Monólogo é a forma do discurso em que o personagem extravasa de maneira razoavelmente ordenada seus pensamentos e emoções, sem dirigir-se a um ouvinte específico.
No Monólogo é comum que os actores rebusquem pensamentos profundos psicologicamente, expondo idéias que podem até transparecer que há mais de um ator em cena, mas que no real exija somente uma pessoa durante a cena, enfim monólogo está associado a um conflito psicológico que não necessariamente seja individual.



-> Revista
A Revista é um género de teatro, de gosto marcadamente popular, que teve alguma importância na história das artes cénicas, tanto no Brasil como em Portugal, que tinha como caracteres principais a apresentação de números musicais, apelo à sensualidade e a comédia leve com críticas sociais e políticas, e que teve seu auge em meados do século XX.

-> Stand-up comedy
Stand-up comedy é uma expressão em língua inglesa que indica um espetáculo de humor executado por apenas um comediante. O humorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), sem acessórios, cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral da quarta parede, diferenciando o stand up de um monólogo tradicional. Também chamado de humor de cara limpa, termo usado por alguns comediantes.
O texto é sempre original, normalmente construído a partir de observações do dia-a-dia e do cotidiano. Praticamente qualquer coisa pode ser usada como ingrediente na comédia stand-up. Muitos comediantes trabalham durante anos para lapidar 60 ou 70 minutos de material humorístico, que normalmente executam aos pedaços várias e várias vezes, aperfeiçoando lentamente cada piada com o passar do tempo. O estilo é considerado por muitos um dos gêneros mais difíceis de se executar e dominar, talvez porque o artista em cena esteja desarmado, despido de personagens, apresentando suas idéias à respeito das coisas do mundo, e ainda esteja à mercê da platéia: não raro deve-se ajustar rapidamente sua apresentação de acordo com o humor e gosto de uma platéia específica. Ainda, as habilidades necessárias pra ser um stand-up comedian são diversas; é freqüentemente necessário que se assuma de forma solitária os papéis de escritor, editor, artista, promotor, produtor, e técnico simultaneamente.


-> Musical
Teatro Musical é um estilo de teatro que combina música, canções, dança, e diálogos falados. Esta delimitada por um lado pela sua co-relação com a ópera e por outro pelo cabaré, os três apresentam estilos diferentes, mas suas linhas deliminatórias muitas vezes são difícies de conceituar.

-> Surrealismo
O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primariamente em Paris dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo, reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo e posteriormente expandido para outros países. O surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na actividade criativa. O seu representante mais conhecido no cinema é Luis Buñuel.

-> Tragédia
Tragédia é uma forma de drama, que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade, frequentemente envolvendo um conflito entre uma personagem e algum poder de instância maior, como a lei, os deuses, o destino ou a sociedade.
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-> Tragicomédia
Tragicomédia é a mistura de tragédia com comédia, em peças e filmes. É a mistura do trágico com o cômico. Originalmemnte, significava a mistura do real com o imaginário. Têm-se que é a tomada da vida quotidiana e absurda com um toque especial de comédia, de forma a descontrair; deixá-la verdadeira e engraçada. Tomam-se temas como violência, morte, roubos, dentre outros e a estes é dado o humor. Muito disso, hoje em dia, é feito em diversas peças teatrais e diversos filmes. Isso é um dos pontos fortes o qual o teatro possui grande sucesso e expansão de comedia.

-> Teatro infantil
O teatro na escola tem uma importância fundamental na educação, fazendo, em Portugal, parte do currículo escolar obrigatório do primeiro ciclo.
Permite ao aluno evoluir a vários níveis: na socialização, criatividade, coordenação, memorização, vocabulário, entre muitos outros.
Por outro lado, quando devidamente estruturado e acompanhado, ajuda o professor a aperceber-se de traços da personalidade do aluno, do seu comportamento individual e em grupo, traços do seu desenvolvimento, permitindo um melhor direccionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico.
No entanto é de uma enorme importância que o professor de teatro tenha formação não só pedagógica mas também artística, pois um mau direccionamento poderá levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento da criança.


-> Teatro de rua
Teatro de rua é uma apresentação de generos teatrais por artistas ou grupos especializados em lugares públicos.

->Teatro inivisível
Teatro invisível é uma forma de encenação na qual apenas os actores sabem que de facto há uma encenação. Aqueles que a presenciam devem considerá-la um acontecimento real, seja ele banal ou extraordinário dentro da expectativa onde ocorre, e por isso é impreciso chamá-los “espectador”, que indica o apreciador de um espetáculo que aceita a ficção como realidade sempre consciente desse jogo de faz-de-conta. Para que seja realizável, o teatro invisível ocorre geralmente em espaços públicos ou de ampla circulação, não em um edifício teatral. O “espectador” torna-se participante inconsciente da representação imprevisível. Como os actores não devem revelar a encenação mesmo após o fim da cena, os que a presenciam acabam por julgar e significar o próprio acontecimento e não a performance de sua encenação, o que nega radicalmente as categorias tradicionais do teatro e dificulta a apreciação crítica, além de impossibilitar qualquer estimativa do número de encenações desse tipo, pois várias ou nenhuma podem ocorrer diariamente conforme a interpretação dos acontecimentos.
Por exemplo, o actor pode simular um mendigo numa rua, verificando as reações dos transeuntes que, então, são levados a reagir espontânea e verdadeiramente ao questionamento que se lhe apresenta.


Teatro de Fantoches - Teatro de Bonecos ou Teatro de Marionetes é o termo que designa, no teatro, a apresentação feita com fantoches, marionetes ou bonecos de manipulação, em especial aqueles onde o palco, cortinas, cenários e demais caracteres próprios são construídos especialmente para a apresentação.

-> Teatro de sombras
O teatro de sombras é uma arte muito antiga, originária da China, de onde se espalhou para o mundo, sendo atualmente praticada regularmente por grupos de mais de 20 países.

-> Teatro Lambe lambe
O teatro lambe-lambe, também conhecido como teatro de miniaturas, é uma linguagem de formas animadas que ocupa um espaço cênico mínimo formado por um palco em miniatura confinado em uma caixa de dimensões reduzidas. Nesse espaço são apresentadas peças teatrais de curtíssima duração através da manipulação de bonecos, para um espectador por vez. Essa linguagem é de origem remota com registros do antigo oriente que reaparece no Brasil na década de 90 e tem estado presente em mostras paralelas em festivais de Formas Animadas.

O impacto que o teatro tem na sociedade


Em Portugal o custo dos bilhetes varia entre os 7,50 € e os 20 €, enquanto que em Inglaterra o preço varia entre os £15,00 e os £31,00.
Uma das grandes vantagens do teatro em Inglaterra é a variedade dos horários das peças em exibição, por exemplo, comparando a Portugal, em Inglaterra uma única peça é exibida entre 2 a 4 vezes ao dia, enquanto que em Portugal uma peça é apenas exibida num horário único e especifico.
Em Portugal e em Inglaterra, existe teatro durante toda a semana, sendo em Portugal, durante as Quintas-feiras e os Domingos, os dias da semana com maior adesão do público, em contrapartida em Inglaterra, não existe dias preferidos, dado que, os ingleses apreciam bastante este género de cultura.
Como já foi referido anteriormente, em Inglaterra, a sociedade abraça melhor esta cultura e daí destaca-se o facto de as principais salas de teatro estarem permanentemente cheias. Em Portugal, isso não acontece, pois nem sempre o público português adere a esta iniciativa.
Em Inglaterra os géneros que mais fascinam o público são os musicais seguidos dos dramas. Em Portugal, são as revistas.
Sendo os Ingleses pessoas com elevados rendimentos, tem possibilidade de proporcionar uma melhor educação aos seus filhos, tendo assim a hipótese de frequentar o teatro mais vezes.
O Teatro, em Portugal predomina no Litoral, nomeadamente na cidade de Lisboa.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Diferenças entre o Teatro Nacional e Internacional


O Teatro na Grécia Antiga
Considerando o Teatro como a arte de representar num palco envolvendo a despersonificação do actor, então o Teatro começa com Thespis. Sobre ele conhece-se muito pouco, não se sabe se seria um escritor, um actor ou um religioso.
O Teatro Grego desenrolava-se em largos espaços (podendo albergar 20.000 pessoas), com a forma de anfiteatro. As peças tinham um coro e eram a maior parte do tempo cantadas.
Os actores e o coro usavam máscaras. As máscaras do coro eram similares entre si, mas totalmente diferentes das dos actores. Uma vez que as peças tinham um número muito limitado de actores, diferentes máscaras significavam diferentes personagens, havendo assim um maior número de papéis. Os actores eram todos do sexo masculino, assim a máscara era necessária também para que pudessem interpretar papéis femininos.
As tragédias eram em honra do deus Dionisos, deus da fertilidade e do vinho. O drama Grego foi desenvolvido e inovado por cinco escritores diferentes em 200 anos após Thespis. O primeiro deles foi Asclépio (525-456 A.C.) que introduziu o conceito de um segundo actor, expandindo as possibilidades de interacção de duas personagens nos dramas. No entanto foi só Sófocles (496-406 A.C.) que introduziu um terceiro actor, reduzindo também a importância do Coro e dando mais relevância à teia do drama e à interacção de personagens. Eurípedes (480-406 A.C.) foi aquele que apurou o drama aquilo que nós conhecemos hoje em dia, dando uma aproximação mais humana e realística aos seus trabalhos. Os dois últimos escritores foram Aristófanes (448-380 A.C.) e Menandro (342-292 A.C.) que escreviam comédias, também dedicadas a Dionisus. No entanto as comédias dependem sempre de um tempo e de uma época, sendo mais difícil de resistirem ao tempo do que as tragédias, que mais facilmente prevalecem, uma vez que falam de temas universais. No entanto, na época do declínio Grego, houve um maior apelo para a comédia, uma vez que esta é um escape para as frustrações de uma sociedade, bem como um divertimento de massas (vendo-se aqui o papel importante que o Teatro tinha na sociedade).


O Teatro Romano
O declínio do governo e sociedade grega coincide com o florescer do Império Romano.
Os Romanos foram buscar o Teatro aos gregos. O Teatro tomou duas formas, a Fabula Palliata e a Fabula Togata.
A Fabula Palliata consistiam em peças gregas traduzidas para Latim. Este termo também abrange as peças romanas baseadas em peças gregas.
A Fabula Togata é de origem romana e os temas eram farsas e situações de humor de origem física. O autor que melhor ilustra estes dramas é Plauto (250-184 A.C.). Neste periodo o Teatro Romano degenerou em espectáculos obscenos e brutais (tal como espectáculos de gladiadores, que conhecemos tão bem dos filmes de Hollywood), talvez como reflexão de uma sociedade. Peças de conteúdos mais sério também eram escritas, mas não para serem encenadas, mas sim lidas ou recitadas.
No entanto, o impacto que o Teatro Romano causou na Igreja não foi bom. A tendência para comédias de baixo nível associadas ao entretenimento de arena (e também ao martírio dos primeiros cristãos) contribuiu para a desaprovação deste tipo de espectáculos que acabaram por desaparecer.


O Teatro de Shakespeare

O palco e o público do The Globe
O século XVI na Inglaterra, na época do reinado de Isabel, falecida em 1603, foi o momento de ouro da dramaturgia britânica, inteiramente dominada pela personalidade artística e pelo gênio criativo de Shakespeare, exercido por ele e por seus companheiros da Companhia do Camarlengo na sua sede à beira do Rio Tâmisa, o Globe Theatre.

A construção de um teatro

Shakespeare e a Companhia do Camarlengo (mais tarde chamada The King's men) construíram um teatro - o Globe Theatre - na margem esquerda do Rio Tâmisa, no chamado Bankside, logo após a Ponte da Torre de Londres, em 1599. As sessões só ocorriam durante a temporada de verão, pois o local não era coberto. Também as suspendiam quando havia algum surto de peste, o que ocorria freqüentemente. Aliás há estudos que mostram como as temporadas e por conseqüência as peças que o bardo escrevia eram, por assim dizer, condicionadas pelos surtos pestíferos que assolavam a capital inglesa com impressionante regularidade. Então, para ganhar a vida a companhia, partindo de Londres, fazia uma turnê pelo interior. Aliás, no Hamlet (ato III, cena II), Shakespeare faz referência a esse tipo de apresentação itinerante, de teatro ambulante mostrando a chegada de um grupo de atores ao Castelo de Elsenor para uma encenação na Corte, fazendo com que a atuação deles, ainda que indiretamente, fosse decisiva na elucidação do crime que vitimou o pai do príncipe.
Forma e dimensão:
O Globe, fazendo juz ao nome, tinha a forma de um círculo - "Wooden O" - com um grande pátio interno onde cabiam de 500 a 600 pessoas que assistiam o espetáculo a preços módicos. As arquibancadas estavam divididas em três andares erguidos ao redor do palco e acolhiam os mais aquinhoados. Calcula-se que comportava mais 1.500 espectadores, perfazendo uns dois mil ao todo nos dias de casa lotada. Sua dimensão alcançava 92 metros e tinha dez de altura. O primeiro Globe não durou muito, pois foi devorado por um incêndio em 1613, três anos antes da morte de Shakespeare, durante a encenação de Henrique VIII, quando uma fagulha do canhão saltou sobre o telhado de palha. Imagina-se que Shakespeare, já retirado para Stratford-on-Avon aposentado, deveria ter voltado para auxiliar na recuperação do prédio.

O fechamento dos teatros
Em 1642, com o início da Revolução Puritana - que terminou decapitando o rei Carlos I, em 1649 - todas as casas de espetáculo foram fechadas. Os puritanos não aceitavam as representações teatrais, considerando-as pecaminosas ou heréticas. Até a morte de Cromwell em 1658, nada mais foi visto em Londres ou na Inglaterra. Somente com a restauração monárquica, com a volta dos Stuart ao poder em 1661, o rei Carlos II, determinou-se a reabertura dos espetáculos. Eles haviam ficado fechados por quase vinte anos! Mas o Globe não gozou por muito tempo a liberdade recém-conquistada, pois em 1666 um devastador incêndio arrasou com a cidade inteira, incinerando junto o belo teatro que Shakespeare ajudara à construir.
A reconstrução recente do Globe.

O Globe inteiramente restaurado
Somente em agosto de 1996 concluiu-se a reconstrução do The Globe graças ao esforço de americano Sam Wanamaker, que, desde os anos de 1970, mobilizou amplos setores da sociedade e do empresariado londrino, obtendo os recursos para o seu reerguimento mais ou menos no mesmo local do antigo teatro, com o nome Globe Shakespeare Theatre. Passaram-se 330 anos desde sua última apresentação. Dessa forma, o espírito do bardo retorna às margens do Tâmisa, cujas águas serviram como uma interminável fonte de inspiração à sua imortal grandeza, dando vida ao corpo do novo teatro.

As origens do Teatro


O teatro surge a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades,
o homem primitivo era caçador e selvagem, sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva.
Eram umas espécies de danças dramáticas coletivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de rito de celebração, agradecimento ou perda.
Estas pequenas evoluções se deram com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela.
Os ritos começaram a evoluir, surgem danças miméticas, os homens praticam a MIMESIS (mímica) e as mulheres cantam.
Com o surgem da civilização egípcia os pequenos ritos se tornaram grandes rituais formalizados e baseados em mitos (histórias que narram o sagrado do mundo.
Cada mito conta como uma realidade veio a existir. Os ritos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação ou seja em movimento. Estes rituais propagavam as tradições, apelo as entidades sobrenaturais, oferenda para obtenção de favores, para homenagem, para divertimento e sinal de honra aos nobres.
Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o DITIRAMBO, um tipo de procissão informal que mais tarde ficou mais organizada era para homenagear o Deus Dioniso. Era um culto de evolução e louvação a determinado Deus.
Mais tarde o ditirambo evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação se deu quando se criou o diálogo entre coreutas e corifeu. Cria-se a ação na história. Surgem assim os primeiros textos teatrais.
A princípio tudo acontecia nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. Aí surgiram os primeiros teatros.
E foi assim que o teatro foi evoluindo. Com o tempo surgiram novas formas de fazer teatro.