quinta-feira, 19 de março de 2009

Diferenças entre o Teatro Nacional e Internacional


O Teatro na Grécia Antiga
Considerando o Teatro como a arte de representar num palco envolvendo a despersonificação do actor, então o Teatro começa com Thespis. Sobre ele conhece-se muito pouco, não se sabe se seria um escritor, um actor ou um religioso.
O Teatro Grego desenrolava-se em largos espaços (podendo albergar 20.000 pessoas), com a forma de anfiteatro. As peças tinham um coro e eram a maior parte do tempo cantadas.
Os actores e o coro usavam máscaras. As máscaras do coro eram similares entre si, mas totalmente diferentes das dos actores. Uma vez que as peças tinham um número muito limitado de actores, diferentes máscaras significavam diferentes personagens, havendo assim um maior número de papéis. Os actores eram todos do sexo masculino, assim a máscara era necessária também para que pudessem interpretar papéis femininos.
As tragédias eram em honra do deus Dionisos, deus da fertilidade e do vinho. O drama Grego foi desenvolvido e inovado por cinco escritores diferentes em 200 anos após Thespis. O primeiro deles foi Asclépio (525-456 A.C.) que introduziu o conceito de um segundo actor, expandindo as possibilidades de interacção de duas personagens nos dramas. No entanto foi só Sófocles (496-406 A.C.) que introduziu um terceiro actor, reduzindo também a importância do Coro e dando mais relevância à teia do drama e à interacção de personagens. Eurípedes (480-406 A.C.) foi aquele que apurou o drama aquilo que nós conhecemos hoje em dia, dando uma aproximação mais humana e realística aos seus trabalhos. Os dois últimos escritores foram Aristófanes (448-380 A.C.) e Menandro (342-292 A.C.) que escreviam comédias, também dedicadas a Dionisus. No entanto as comédias dependem sempre de um tempo e de uma época, sendo mais difícil de resistirem ao tempo do que as tragédias, que mais facilmente prevalecem, uma vez que falam de temas universais. No entanto, na época do declínio Grego, houve um maior apelo para a comédia, uma vez que esta é um escape para as frustrações de uma sociedade, bem como um divertimento de massas (vendo-se aqui o papel importante que o Teatro tinha na sociedade).


O Teatro Romano
O declínio do governo e sociedade grega coincide com o florescer do Império Romano.
Os Romanos foram buscar o Teatro aos gregos. O Teatro tomou duas formas, a Fabula Palliata e a Fabula Togata.
A Fabula Palliata consistiam em peças gregas traduzidas para Latim. Este termo também abrange as peças romanas baseadas em peças gregas.
A Fabula Togata é de origem romana e os temas eram farsas e situações de humor de origem física. O autor que melhor ilustra estes dramas é Plauto (250-184 A.C.). Neste periodo o Teatro Romano degenerou em espectáculos obscenos e brutais (tal como espectáculos de gladiadores, que conhecemos tão bem dos filmes de Hollywood), talvez como reflexão de uma sociedade. Peças de conteúdos mais sério também eram escritas, mas não para serem encenadas, mas sim lidas ou recitadas.
No entanto, o impacto que o Teatro Romano causou na Igreja não foi bom. A tendência para comédias de baixo nível associadas ao entretenimento de arena (e também ao martírio dos primeiros cristãos) contribuiu para a desaprovação deste tipo de espectáculos que acabaram por desaparecer.


O Teatro de Shakespeare

O palco e o público do The Globe
O século XVI na Inglaterra, na época do reinado de Isabel, falecida em 1603, foi o momento de ouro da dramaturgia britânica, inteiramente dominada pela personalidade artística e pelo gênio criativo de Shakespeare, exercido por ele e por seus companheiros da Companhia do Camarlengo na sua sede à beira do Rio Tâmisa, o Globe Theatre.

A construção de um teatro

Shakespeare e a Companhia do Camarlengo (mais tarde chamada The King's men) construíram um teatro - o Globe Theatre - na margem esquerda do Rio Tâmisa, no chamado Bankside, logo após a Ponte da Torre de Londres, em 1599. As sessões só ocorriam durante a temporada de verão, pois o local não era coberto. Também as suspendiam quando havia algum surto de peste, o que ocorria freqüentemente. Aliás há estudos que mostram como as temporadas e por conseqüência as peças que o bardo escrevia eram, por assim dizer, condicionadas pelos surtos pestíferos que assolavam a capital inglesa com impressionante regularidade. Então, para ganhar a vida a companhia, partindo de Londres, fazia uma turnê pelo interior. Aliás, no Hamlet (ato III, cena II), Shakespeare faz referência a esse tipo de apresentação itinerante, de teatro ambulante mostrando a chegada de um grupo de atores ao Castelo de Elsenor para uma encenação na Corte, fazendo com que a atuação deles, ainda que indiretamente, fosse decisiva na elucidação do crime que vitimou o pai do príncipe.
Forma e dimensão:
O Globe, fazendo juz ao nome, tinha a forma de um círculo - "Wooden O" - com um grande pátio interno onde cabiam de 500 a 600 pessoas que assistiam o espetáculo a preços módicos. As arquibancadas estavam divididas em três andares erguidos ao redor do palco e acolhiam os mais aquinhoados. Calcula-se que comportava mais 1.500 espectadores, perfazendo uns dois mil ao todo nos dias de casa lotada. Sua dimensão alcançava 92 metros e tinha dez de altura. O primeiro Globe não durou muito, pois foi devorado por um incêndio em 1613, três anos antes da morte de Shakespeare, durante a encenação de Henrique VIII, quando uma fagulha do canhão saltou sobre o telhado de palha. Imagina-se que Shakespeare, já retirado para Stratford-on-Avon aposentado, deveria ter voltado para auxiliar na recuperação do prédio.

O fechamento dos teatros
Em 1642, com o início da Revolução Puritana - que terminou decapitando o rei Carlos I, em 1649 - todas as casas de espetáculo foram fechadas. Os puritanos não aceitavam as representações teatrais, considerando-as pecaminosas ou heréticas. Até a morte de Cromwell em 1658, nada mais foi visto em Londres ou na Inglaterra. Somente com a restauração monárquica, com a volta dos Stuart ao poder em 1661, o rei Carlos II, determinou-se a reabertura dos espetáculos. Eles haviam ficado fechados por quase vinte anos! Mas o Globe não gozou por muito tempo a liberdade recém-conquistada, pois em 1666 um devastador incêndio arrasou com a cidade inteira, incinerando junto o belo teatro que Shakespeare ajudara à construir.
A reconstrução recente do Globe.

O Globe inteiramente restaurado
Somente em agosto de 1996 concluiu-se a reconstrução do The Globe graças ao esforço de americano Sam Wanamaker, que, desde os anos de 1970, mobilizou amplos setores da sociedade e do empresariado londrino, obtendo os recursos para o seu reerguimento mais ou menos no mesmo local do antigo teatro, com o nome Globe Shakespeare Theatre. Passaram-se 330 anos desde sua última apresentação. Dessa forma, o espírito do bardo retorna às margens do Tâmisa, cujas águas serviram como uma interminável fonte de inspiração à sua imortal grandeza, dando vida ao corpo do novo teatro.

As origens do Teatro


O teatro surge a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades,
o homem primitivo era caçador e selvagem, sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva.
Eram umas espécies de danças dramáticas coletivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de rito de celebração, agradecimento ou perda.
Estas pequenas evoluções se deram com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela.
Os ritos começaram a evoluir, surgem danças miméticas, os homens praticam a MIMESIS (mímica) e as mulheres cantam.
Com o surgem da civilização egípcia os pequenos ritos se tornaram grandes rituais formalizados e baseados em mitos (histórias que narram o sagrado do mundo.
Cada mito conta como uma realidade veio a existir. Os ritos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação ou seja em movimento. Estes rituais propagavam as tradições, apelo as entidades sobrenaturais, oferenda para obtenção de favores, para homenagem, para divertimento e sinal de honra aos nobres.
Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o DITIRAMBO, um tipo de procissão informal que mais tarde ficou mais organizada era para homenagear o Deus Dioniso. Era um culto de evolução e louvação a determinado Deus.
Mais tarde o ditirambo evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação se deu quando se criou o diálogo entre coreutas e corifeu. Cria-se a ação na história. Surgem assim os primeiros textos teatrais.
A princípio tudo acontecia nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. Aí surgiram os primeiros teatros.
E foi assim que o teatro foi evoluindo. Com o tempo surgiram novas formas de fazer teatro.

Teatro e Educação


Questões possíveis para os projectos de intervenção

Em Portugal e também a nível internacional, os homens da educação falavam da relação do teatro com a escola na perspectiva da abertura de espaços de jogo ou da introdução de novas metodologias para ajudar as diferentes aprendizagens, enquanto que os homens do teatro só ultrapassavam a sua desconfiança face a esta perspectiva utilitarista do teatro na escola quando, também utilitariamente a assumiam no sentido de que ela permitiria formar público para o teatro. A articulação entre teatro e educação era quase sempre colocada numa perspectiva interesseira, corporativa e fechada. Hoje as análises já não se fazem numa só direcção, seja do teatro ou da educação, começando a questionar-se as interferências, a forma como estas duas realidades podem aproveitar e aproveitar-se da abertura de novos espaços da acção e de novas propostas de exploração e até à pouco tempo os discursos eram sempre feitos tendo como referência uma visão parcelar ou unilateral da realidade, parece agora que a questão começa a ser colocada não só na perspectiva ou da escola ou do teatro, mas tendo em conta uma terceira realidade – mestiça – que irá emergir do casamento entre o teatro e a escola.

Afirmar o Teatro como um espaço que questiona e cria pontes entre diferentes saberes e realidades

O Teatro liga, cria partes, quebra o isolamento, faz com que os professores trabalhem em grupo e, porque trabalha sobre a vida não pode ser disciplinas, pois as disciplinas misturam-se naturalmente no seu interior e os campos de intervenção de cada um não podem ter fronteiras rígidas e fechadas, desafiando, há arriscar-se e afrontar o desequilíbrio, imprevisto, em insegurança, pois ao insistirmos mais sobre o processo e experimentação trazemos para a sala de aula e a escola “ A paixão e o mistério, A capacidade e a fantasia, A prospectiva e a utopia.”

O que é que o Teatro nos traz de essencial que mais nenhuma manifestação artística nos dá?

O Teatro como momento de comunhão entre actores e espectadores dá-nos a possibilidade de reencontrar o sentido do ritual e do cerimonial que as sociedades contemporâneas têm vindo a perder e que é fundamental para a sobrevivência do ser humano. O espectáculo de Teatro dá-nos a possibilidade de nos confrontarmos com outras situações vividas e contadas por pessoas que sentimos respirar e que estão connosco. Isto permite deixarmo-nos levar por uma empatia e por uma magia igual à dos antigos contadores de histórias que reuniam toda uma comunidade à sua volta. O Teatro, ao permitir banharmo-nos no banho da ficção, dá-nos força para que cada um de nós seja capaz de criar a sua ficção e esta capacidade de fazer ficção é fundamental para inventar uma outra realidade, inventar o futuro.

Profissões relacionadas com o Teatro

Aderecistas (equipa de)- Executam os adereços que foram pedidos pelo encenador ou cenógrafo e desenhados ou projectados pelo aderecista (criativo).

Assistente de direcção de cena- Reporta ao director de cena responsável por um determinado espectáculo. Elabora as tarefas e rotinas do gabinete, segundo a orientação dos seus superiores. É responsabilizado e executa as funções de gestão sempre que lhe forem atribuídas e confiadas pelos seus superiores em determinados espectáculos.

Cabeleireira de cena- Executa os penteados, aplica as perucas, os bigodes, as barbas, etc.

Contra-regra -Depende da direcção de cena e é responsável pela aquisição, manutenção e utilização dos adereços que compõem o espectáculo, isto nos grandes teatros de ópera, ou em teatros nacionais. Em determinados teatros, os assistentes de direcção de cena acabam também por executar estas funções.

Costureira de cena- Executante de guarda-roupa. Durante os espectáculos está no palco, de prevenção, para que possa resolver quaisquer anomalias com os figurinos. Também na ópera e na dança, clássica e contemporânea.

Director de cena- Responsável pelos ensaios e espectáculos, pode também acumular funções de assistente de encenação. Gere a componente técnica e artística, é a pessoa com mais responsabilidade depois de o espectáculo estrear; deve ser um supervisor, mantendo a qualidade artística e técnica do espectáculo até ao final da carreira do mesmo. Tem por obrigação certificar-se diariamente de que estão reunidas as condições para que se possa abrir a sala ao público e começar um espectáculo. Se houver necessidade de substituição ou reparação de materiais referentes ao espectáculo, deve disso informar a direcção técnica.

Director de produção- Gestor do orçamento e responsável pelo cumprimento dos prazos estabelecidos, faz ainda a contratação de todos os elementos (técnicos e artísticos), bem como a elaboração dos contratos em colaboração com o jurista do teatro. Gere os diferentes orçamentos em conjunto com as outras direcções e faz a articulação entre elas. Assegura os contactos de venda dos espectáculos e respectiva digressão. Tem ainda a responsabilidade logística dos artistas e da equipa técnica, a marcação de viagens, carros, hotéis, refeições, etc.

Director técnico- Responsável por toda a área técnica, coordena todos os sectores técnicos, a manutenção de equipamentos técnicos e de palco e a aquisição de novos equipamentos. É o coordenador da equipa técnica (iluminação, sonoplastia, guarda-roupa, serralharia, maquinistas,
Gestão das Artes 1
carpinteiros). Tem ainda a seu cargo a construção e a execução do projecto de maqueta, apresentado pelo cenógrafo. Acompanha toda a montagem do espectáculo até ao dia da estreia.

Maquilhadora de cena -Executa a maquilhagem decidida pelo encenador. Também na ópera e na dança, clássica e contemporânea.

Mestra de guarda-roupa- Responsável pela execução dos figurinos que foram criados pela(o) figurinista. Chefia a equipa de costureiras. Também existe na ópera e na dança, clássica e contemporânea.

Aderecista- Responsável pela concepção e execução dos adereços de cena (por exemplo, coroas, máscaras, bustos, flores, etc.).

Assistente de encenação- Apoia o encenador: No caso de assistente do encenador de uma ópera, deve ser entendido em música e ter a possibilidade de seguir uma partitura.
Bailarinos em regra, na ópera, são contratados para cada produção específica e consoante as necessidades do espectáculo.

Director artístico- Responsável pela programação ou pela sua coordenação, caso se trate de uma instituição como o Centro Cultural de Belém ou a Culturgest, que programa todo o tipo e género de espectáculos (por exemplo, em que há quatro programadores: música clássica, dança, teatro e jazz).

Dramaturgista- Elemento que escreve e faz pesquisa sobre o tema do espectáculo. Contextualiza um texto histórico no tempo e no espaço, apresenta outras possíveis leituras para um determinado texto dramático, escreve e/ou selecciona textos de apoio para o programa do espectáculo, etc.

Dramaturgo- Elemento que escreve o texto dramático, vulgarmente chamado também de autor.

Encenador- Encena o espectáculo. Criador e responsável pela criação artística, é a pessoa com mais importância na pirâmide. A ele competem as decisões da escolha do elenco, dos outros criativos que em conjunto irão criar o espectáculo. É da sua responsabilidade a criação do espectáculo até ao ensaio geral, é ele quem marca a encenação, as entradas dos artistas em cena, as mudanças de cena, o intervalo, etc. Depois do ensaio geral, esta responsabilidade passa para o director de cena.

Ensaiadores- Ensaiam os bailarinos, individualmente ou por cenas, antes de se iniciarem os ensaios corridos no palco.

Figurinista- A pessoa que cria e concebe (por vezes em conjunto com a mestra de guarda-roupa) os figurinos do espectáculo.

lIuminador- Criador da iluminação


Todas estas profissões relacionam-se com o teatro e todas elas necessitam de cursos e workshop's antes de as exercerem. É necessário tirar e fazer os cursos antes de as exercitarem, tais cursos podem ser realizados na Companhia Évoe Teatro, Escolas de Arte Dramática, em cursos técnicos de Teatro etc.

A Origem e a Evolução do Teatro


A origem do teatro pode ser remontada desde as primeiras sociedades primitivas, em que acreditava-se no uso de danças imitativas como propiciadores de poderes sobrenaturais
Portanto, o teatro em suas origens possuía um carácter ritualista. O teatro vai deixando suas características ritualistas, dando lugar às características mais educacionais. Ainda num estágio de maior desenvolvimento, o teatro passou a ser o lugar de representação de lendas relacionadas aos deuses e heróis.Na Grécia antiga, os festivais anuais em honra ao deus Dionísio (Baco, para os latinos) compreendiam, entre seus eventos, a representação de tragédias e comédias.Surgiu a peça satírica, todos os papéis eram representados por homens, pois não era permitida a participação de mulheres. O espaço utilizado para as encenações, em Atenas, era apenas um grande círculo. Nesse mesmo período, os romanos já possuíam seu teatro, grandemente influenciado pelo teatro grego, do qual tirou todos os modelos.Apesar de ter sido totalmente baseado nos moldes gregos, o teatro romano criou suas próprias inovações, com a pantomima, em que apenas um actor representava todos os papéis, com a utilização de máscara para cada personagem interpretado. Com o advento do Cristianismo, o teatro não encontrou apoio de patrocinadores, sendo considerado pagão. Desta forma, as representações teatrais foram totalmente extintas.O renascimento do teatro se deu, paradoxalmente, através da própria igreja, na Era Medieval. O renascimento do teatro se deveu à representação da história da ressurreição de Cristo.Desde o século XV, trupes teatrais agregavam-se aos domínios de senhores nobres e reis, constituindo o chamado teatro elisabetano. Os actores - ainda com a participação exclusiva de actores homens - eram empregados pela nobreza e por membros da realeza.
Foi mais notadamente na Itália que o teatro renascentista rompeu com as tradições do teatro medieval.
Um dos aspectos marcantes nesse teatro foi a utilização de mulheres nas representações, fato que passou a se estender para os outros países.
Foi a partir do século XVII que as mulheres passaram a fazer parte das actuações teatrais na Inglaterra a na França. No Brasil, o teatro tem sua origem com as representações de catequização dos índios. As peças eram escritas com intenções didácticas, procurando sempre encontrar meios de traduzir a crença cristã para a cultura indígena.Ao cabo do século XVIII, as mudanças na estrutura dramática da peças foram reflexo de acontecimentos históricos como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Todas as inovações pelas quais o teatro foi passando exigiram o surgimento da figura do director, que trata de todos os estágios artísticos de uma produção. Entretanto, pode-se dizer que as idéias de Bertolt Brecht foram as que mais influenciaram o teatro moderno. Segundo dizia Brecht , o actor deve manter-se consciente do fato que esta actuando e que jamais pode emprestar sua personalidade ao personagem interpretado.